sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Abaixo a nossa história (2)

Vale tudo em prol do progresso? Nem tudo. Certamente não vale a destruição de um patrimônio histórico-cultural. No Brasil, claro, isso não é seguido. Em termos de história e preservação de nossa memória, somos   péssimo exemplo. Aqui, infelizmente, algo antigo é considerado velho e por ser velho pode ser descartado. Pouquíssimo, quase nada, na verdade, é preservado, principalmente quando o assunto é o conjunto arquitetônico.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Belezinhas via Amazon França: Scarface (Steelbook)

Mais uma belezinha chegou para mim diretamente da Amazon da França (taxfree! obrigado Mirella, minha prima querida!). SCARFACE! Um clássico da violência oitentista, mais uma obra prima com o selo De Palma - Coppola! Sem mais, fiquem com o vídeo:



Gostou? Veja todos os links para adquirilo na Amazon francesa. O segundo link é para um lindíssimo GiftSet, esse sim com o DVD do filme junto com o BD e também mais um disco com a (dispensável) cópia digital e outro com a trilha sonora:

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2012

Foi realizado na noite de ontem, no constrangedoramente vazio Theatro Municipal do Rio de Janeiro, mais uma edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, láurea da Academia Brasileira de Artes Cinematográficas dada aos que se destacaram na sétima arte no ano passado (leia-se: de julho de 2011 a julho de 2012). Num período de poucos filmes que realmente valiam a pena ser assistidos, e consequentemente premiados ou sequer indicados, "O PALHAÇO", de Selton Melo sagrou-se campeão na noite com doze troféus ganhos, de um total de 13 a que estava concorrendo. O mestre Cacá Diegues  (Bye Bye Brasil, Chica da Silva, Deus é Brasileiro), foi o homenageado da noite.

Selton Melo recebe o prêmio de melhor diretor por "O Palhaço". / Foto de "O Globo".

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Passeio pela Meca dos Nerds

Se você é fã incondicional de algum ítem da cultura pop, desde Guerra nas Estrelas (Star Wars é para crianças) a Walking Dead (tanto quadrinhos quando o fantástico seriado na TV), passando por gibis, desculpe, HQs de super-heróis e videogames de última geração, seu lugar é na Comic Con, seu Nerd! Sim, lá é a grande meca que todo Nerd (ou geek) deve almejar ir uma vez na vida. Eventualmente, irei a uma, não sei quanto. Mas espero que quando chegar a oportunidade eu curta tanto quanto as pessoas retratadas nesse novo documentário de Morgan Spurklock (de Supersize me). Em COMIC-CON: O SONHO DE UM FÃ (ou melhor, no original COMIC-CON EPISODE IV: A FAN´S HOPE, que é bem legal, fazendo alusão ao título do primeiro filme da trilogia de George Lucas), o diretor acompanha Eric e Skip, ilustradores que desejam ser descobertos, Holly, que trabalha com o desenho de fantasias e criaturas e participará do grande desfile de cosplays, Chuck,  um comerciante de quadrinhos em busca de uma grande venda, e James, que pretende fazer uma surpresa especial para sua namorada que conheceu na convenção do ano anterior.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Com amor e muita fúria

Ontem tive o privilégio de ser um dos convidados para a Premiér desse que pode vir a ser o divisor de águas na animação nacional de longas metragens: "UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA", de Luiz Bolognesi. Com o traço estilo mangá e lançando mão de recursos digitais em momentos específicos e muito oportunos, o filme conta a história de um amor eterno, que deve lutar contra as truculências do mundo até a sua redenção seiscentos anos depois. O amor, no caso, é de um guerreiro índio/entidade imortal pela índia Janaína (vozes de Selton Melo e Camila Pitanga, respectivamente), que, nesse verdadeiro épico, se reencontrará em mais três ocasiões: no século XIX, durante a revolta da Balaiada (período pouquíssimo estudado nas salas de aula e de suma importância, pois nos apresenta ao menos um importante vulto de nossa história, o Duque de Caxias), no século XX, durante a ditadura militar e num futuro distópico e não muito distante, onde a água é um bem mais precioso que ouro e milicias particulares comandam a "segurança pública" no Rio de Janeiro que se gaba de ser "uma das cidades mais seguras do mundo".

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Réquiem para o Rei

Você já quis ser outra pessoa? É essa a frase estampada no cartaz internacional desse filmaço argentino que assisti ontem no Festival do Rio, "El úlltimo Elivs", do diretor Amando Bo (responsável pelo roteiro de Biutiful, de 2010, e que também assina essa obra com Nicolás Giacobbone).

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A coleção invisível

Aproveitando a oportunidade, fui conferir mais uma Premier de um filme nacional na mostra competitiva de longas no Festival do Rio, no cine Odeon Petrobras, o último daquela praça que já fez mais juz a seu nome: CINELÂNDIA. 

Produzido por uma produtora baiana e totalmente rodado naquele estado, "A COLEÇÃO INVISÍVEL" conta a história de Beto, um empresário do ramo de eventos, mas garotão, que so quer curtir a vida adoidado com seus amigos, indiferente às dificuldades financeiras de sua empresa quase falida. Após a morte dos amigos num acidente de carro em que ele só não estava presente por um capricho do destino, ele se isola do mundo, deprimido, até que sua mãe, dona de um antiquário que outrora fora de seu pai, o instiga a ir atrás de uma valiosa coleção de gravuras de um artista baiano há muitos anos vendida por seu pai a um fazendeiro do cacau no interior do estado. Está dada a largada para um filme em que o personagem principal, interpretado com sensibilidade e - admito, uma grata surpresa - por Vladimir Brichta, parte rumo a uma viagem de auto-conhecimento e redenção, tão típicos a qualquer road-movie. Não que o filme dirigido pelo francês radicado na Bahia Bernard Attal e roteirzado por ele, Sérgio Machado e Iziane Mascarenhas seja efetivamente um road movie, mas os elementos estão todos lá: a estrada (mesmo que breve), os percalços, as peculiaridades e contrastes entre as cidades (no caso aqui entre a cidade grande, "civilizada", e um dos mais pobres municípios do interior baiano) e os personagens marcantes, quase caricatos, que contribuem para a "jornada do herói" em rumo a sua redenção. Destaque para o grandíssimo talento de Walmor Chagas, como o sensível fazendeiro amante das artes, dono da coleção que poderá salvar Beto e sua família da falência. 

A fotografia de Matheus Rocha e a música de Silvain Vanot completam essa bela experiência cinematográfica que sim, tem seus defeitos (como o mau aproveitamento da participação especial de Paulo César Pereio ou a falta de uma conclusão mais nítida para a resolução dos problemas de Beto), mas que mesmo assim vale o ingresso.

Mais Festival do Rio em: http://2012.festivaldorio.com.br


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O dia que durou 21 anos


Todos os anos o Festival do Rio inunda a cidade com mais de 400 filmes de todos os rincões desse mundo, divididos em mostras temáticas e também competitivas (para produções nacionais). Essas mostras competitivas dividem-se em longa de ficção, curta-metragem e longa documentário, mostra essa que traz a nata do cinema-verdade produzido em terra brasilis. Esse ano eu tive a grata oportunidade de assistir no Odeon, o cinema mais charmoso do Rio, a premier concorridíssima de "O DIA QUE DUROU 21 ANOS", longa de ficção de Flávio e Camilo Tavares (pai e filho), que trata de um tema já bastante usado em diversos longas, de ficção ou documentário, no cinema brasileiro: os anos de chumbo da ditadura militar.

A filha Pródiga

Considerado um dos autores mais criativos de sua geração, um exímio contador de histórias, Jefrey Archer presenteia seus fãs com uma bela continuação de CAIN E ABEL - sim, é uma continuação, muito embora possa ser lido sem culpa por quem não leu o primeiro livro. 

Ao invés de dar seguimento a saga da família Kane exatamente de onde CAIN E ABEL parou, em A FILHA PRÓDIGA Archer faz um "flashback" desde o nascimento de Florentyna e re-conta alguns trechos de sua obra-prima, mas desta vez sob a perspecitvas de outros personagens, o que torna tudo muito mais verossímel.  É fato que a trama possa parecer arrastada por alguns pontos, principalmente para quem leu CAIN E ABEL, mas a força dos diálogos de Archer e os personagens extremamente humanos envolvem o leitor. Destaque para a ficção que se passa no "futuro", entre 1985 e 1996. "Futuro" porque a obra é de 1982 e s acontecimentos narrados naquele período levam em consideração uma realidade geo-politica totalmente diversa da que realmente aconteceu - mas altamente plausível dentro do contexto

Se você gosta de personagens humanos, verdadeiros, e uma boa trama que envolve a constante busca por poder, esse livro irá lhe cair como uma luva.