quinta-feira, 25 de junho de 2015

De volta ao mundo dos dinossauros!

Em 1993 eu ainda não tinha completado 18 anos e, no auge de minha adolescência, e sempre amante do cinema como fui, tinha como ídolo um certo diretor chamado Steven Spielberg, o rei de Hollywood, aquele que inventou os blockbusters de verão lá no longínquo ano de 1975 (ano em que, coincidentemente, eu chegava a esse planeta). Pois naquele ano em que eu me formaria no ensino médio, então chamado de científico ou segundo grau, Spielberg me deu de presente um dos filmes mais espetaculares jamais vistos! Eu não era mais criança, claro, mas o fascínio que os dinossauros exerciam sobre mim - e acredito sobre muita gente - ainda era digno de me fazer enfrentar uma fila de algumas horas (naquela época a gente enfrentava fila de algumas horas para assistir um filme como esse). Poxa vida, eram dinossauros! E não desses que a até então a gente via nos filmes feitos com stop motion. Nem eram lagartixas e calangos filmados em perspectiva. Eram "fucking dinosaurs" que pareciam de verdade! Não é difícil imaginar como as plateias de mais de 20 anos atrás se sentiram ao ver na tela gigante um tiranossauro encarando duas crianças dentro de um carro enquanto saboreava um cabrito mal-passado. Entre efeitos digitais (mais do que revolucionários para a época) e animatrônicos em tamanho real, Spileberg realizou o sonho de várias gerações ao mostrar dinossauros "de verdade" que interagiam com personagens humanos. É só ver a cara do então menino Joseph Mazzello ao ver o tricerátopes "respirando" numa das cenas do início do filme para entender o impacto que aquele filme gerou na época.

Dito isto, e ainda levando em consideração as duas sequências bem inferiores que foram lançadas em 1997 e 2001, o que poderíamos esperar de mais um filme da franquia? Eu particularmente tive medo. Não medo dos dinossauros, claro. Mas medo da bomba que poderia vir ai. Mas, ei! são "fucking dinosaurs"!!! Não poderia deixar de conferir, mesmo tendo achado o trailer bem, mas bem fraquinho, ainda mais levando em consideração o realismo alcançado com a tecnologia disponível em 1993 e o compararmos com hoje, 22 anos depois. Eu tinha sim receio de que fosse jogar alguns preciosos reais no lixo comprando um ingresso para JURASSIC WORLD.

Felizmente, eu estava enganado.

JURASSIC WORLD é um puta filme! Eu me diverti como criança, como há muito não me divertia no cinema! A magia estava de volta! Os dinossauros estavam de volta! O então desconhecido diretor Colin Trevorrow ganhou o aval do agora produtor executivo Steven Spielberg conseguiu conduzir um roteiro repleto de exageros, lugares comuns e falhas (incrivelmente assinado a oito mãos pelo próprio Treverrow, e por Rick Java, Amanda Silver e Derek Conoolly), mas também recheado de referências ao filme de 1993. Talvez essas referências que me tenham feito viajar no tempo e gostado tanto do filme assim, e deixado de lado algumas besteiras como o salto alto de Bryce Dallas Howard em fuga pela mata, ou a amizade entre um velociraptor e Chris Pratt (o improvável galã da vez).

De qualquer maneira, JURASSIC WORLD cumpriu seu papel de divertir as platéias sem muita galhofa, e principalmente sem deixar em aberto uma possível sequência (que espero de coração que nunca venha, pura e simplesmente por conta das duas fracas e desnecessárias sequencias do original de 1993).



sexta-feira, 19 de junho de 2015

Belezinhas via Amazon: mais bluraybooks!

Eis que dou continuidade ao mostrar mais belezinhas que trouxe dos Isteitis em março deste ano! Vamos agora aos 3 bluray-books que trouxe para a coleção: "AN AFFAIR TO REMEMBER" ("Tarde demais para esquecer"), "ONE FLEW OVER CUCO'S NEST" ("Um estranho no ninho") e "CITZEN KANE" ("Cidadão Kane").


Gostou? Tão aí os links para a Amazon!

terça-feira, 16 de junho de 2015

UM MUNDO DE RISADAS E LÁGRIMAS

Você já deve ter lido ali ou acolá que Walt Disney sonhava com um mundo melhor e por isso mesmo tinha um projeto de uma cidade autossustentável, onde tudo funcionasse e todas as pessoas fossem felizes; um mundo incrível já num futuro próximo. Bem, esse mundo não se concretizou antes que ele morresse  - e ainda não -, mas seu sonho acabou virando um parque de diversões inaugurando em 1982 adjacente ao seu Magic Kingdom, em Orlando, formandos os alicerces do que hoje conhecemos como DISNEY WORLD. Esse parque é o EPCOT CENTER (Experimental Prototype Community of Tomorrow, ou, em bom português, Protótipo Experimental da Comunidade do Amanhã). Antes dele, porém, Disney concebeu para seus parques na Califórnia e na Flórida a área TOMORROWLAND, ou Terra do Amanhã, na lingua de Camões, que já fazia referência a esse mundo futurista imaginado por ele.

Bem, esse mundo agora ganha vida nas mãos do diretor Brad Bird (OS INCRÍVEIS), com roteiro assinado pelo próprio Bird em parceira com Damon Lindelof (criador de... afff... LOST). Mas, como ficamos sabendo no filme - e isso pode sim ser um spoiler, e se você não quiser saber, PARE DE LER AGORA, Tomorrowland não é a Terra no futuro, e sim uma dimensão paralela, uma sociedade nem tão avançada num mundo muito avançado tecnologicamente. Neste mundo, até outrora, autômatos com perfeita forma humana são enviados à Terra para recrutar mentes brilhantes em todos os campos das artes e das ciências, mentes essas responsáveis pela evolução do local. Mas alguma coisa dá errado com o plano e esses robôs são banidos de modo que o recrutamento não seja mais feito.

Um deles, no entanto, o que aparenta ser uma linda garotinha, Athena (Raffey Cassidy), continua com sua demanda e localiza a lindinha Casey (), esperta adolescente  filha de engenheiro da NASA prestes a ficar desempregado. Quando Casey descobre o pin com o logotipo de Tomorrowland deixado por Athena e o toca, é imediatamente transportada para lá, numa espécia de holograma hiper real, o que descobrimos ser, apenas, uma propaganda da Terra do Amanhã, convidando a moça fazer parte daquilo. Mas, uma vez o pin danificado, ela, com a insistência de Athena, vai em busca do único e conhecido humano que já estivera em Tomorrowland e de lá fora banido há alguns anos de modo que ele a ajuda a ir para a "terra prometida". Esse alguém é o desiludido inventor Frank Walker (George Clooney, mais canastrão do que nunca nesse papel), que se vê forçado a ajudar a garota, agora perseguida (e ele mesmo, por assim se dizer) por robôs maléficos que tentam impedir a todo custo (e não dispensando o massacre de vários humanos no caminho) que o trio improvável chegue a Tomorrowland e de lá consiga evitar o fim iminente de nosso mundo.

Ufa! Conseguiu seguir a trama? Pois é. É isso aí. Em seus exagerados 130 minutos de duração, Bird não perde a mão da direção e nos conduz numa aventura maravilhosa, e mesmo com a "barriga" no segundo ato, o que faz com que a estória se perca um pouco (ei, o roteiro é do criador de LOST!) e com um improvável vilão cujo fim não poderia ser diferente em se tratando de um filme da Disney, consegue passar a mensagem de que um mundo melhor é sempre possível e que está nas mãos da geração Y (e também da Z) o otimismo e o talento necessários para que isso aconteça.

Tomorrowland,  assim posto, é mais um filme bonitinho com a marca Disney. Mas ainda assim uma aventura eletrizante que vale o ingresso.