quinta-feira, 26 de julho de 2012

A piada do Metrô-Rio (4)

Analisando o mapa da nossa cidade (ainda) maravilhosa, realmente fica difícil imaginar um planejamento metroviário por vias subterrâneas já que nenhuma rua ou avenida da cidade parece ter sido planejada, o que, além da topografia peculiar da cidade, dificulta o avanço do metropolitano para outros cantos que não o Linhão do Cabralzão. Dificulta. Mas não impossibilita. Claro que por conta de ruas estreitas e montanhas, algumas expropriações são necessárias, mas o bem maior à população e à sociedade valeria a pena. 

Então, venho aqui apresentar mais uma etapa de meu sonho de um metrô melhor e mais integrado, que realmente atenderia a população carioca (porque, apesar de ser estadual - não sei porquê - é um serviço que é prestado diretamente a população da cidade e seus visitantes, sejam turistas ou trabalhadores). Lembro que não sou engenheiro nem nada parecido, apenas um entusiasta do melhor meio de tranporte de massas que um centro urbano pode ter.

Nesse post, eu mostro duas linhas chamadas aqui de 7 (azul) e 8 (vermelha).

Esquema das linhas. Clique para ampliar.


A Linha 7 seria uma linha de suma importância para os moradores da zona norte da cidade, pois ligaria o Grande Méier ao centro, desafogando imensamente o trânsito e também as já saturadas linha 1 e 2. Sua implementação não seria muito difícil, pois viria por baixo da rua Barão do Bom Retiro, passando pelo Grajaú e Vila Isabel, por baixo da Av. 28 de setembro, e indo entrar nos antigos trilhos da Linha 2 (infra-estrutura pronta) e seguindo o que seria o curso original desta pelo centro, até a Praça XV (estação que receberia ainda os trêns vindos da linha 3, caso ela um dia atravesse a Baia de Guanabara, e da linha 5 (paralela a Linha 1, vinda da Zona Sul e que passa pelo aeroporto Santos Dumont e vai até a Rodoviária - mostrada aqui neste post).

As estações da Linha 7 seriam:

1- Engenho Novo (com conexão para a supervia);
2 - Barão do Bom Retiro, esquina com a rua da Romana;
3 - Parque do Recanto;
4 - Barão de Drumond;
5 - 28 de Setembro (esquina com Gonzaga Bastos);
6 - UERJ;
7 - Maracanã / Maracanazinho (vindo por debaixo da Rua Prof. Eurico Rabelo)
8 - São Cristóvão (com conexão para Linha 2 e Supervia);
9- Praça da Bandeira;
10 - Estácio;
11 - Praça da Apoteose;
12 - Praça da Cruz Vermelha;
13 - Carioca (com conexão para as Linhas 1 e 2);
14 - Praça XV (com conexão para as Linhas 3 e 5);

OBS: uma estação entre a UERJ e a Praça da Bandeira seria uma idéia a ser estudada também.

A Linha 8 seria uma linha auxiliar, ligando o Meier à Tijuca, por de baixo das rua s Borja Reis e Dias da Cruz, passando por um túnel paralelo ao Túnel Noel Rosa, cruzando com a Linha 7 na Praça Barão de Drumond, em Vila Isabel, e indo por de baixo da Rua Uruguai, onde teria ligação com a Linha 1 ou poderia ela mesma seguir pelo maciço da Tijuca até a Gávea e a Linha 1, ao invés de fechar um arco, seguir para a Usina. Algo a se pensar.

As estações da Linha 8 seriam:

1.  Monteiro da Cruz (Linha Amarela);
2.  Borja Reis (esquina com a rua Dr. Bulhões);
3 - Dias da Cruz (esquina com rua Souza Aguiar);
4 - Dias da Cruz (esquina com rua José Veríssimo);
5 - Praça Agripino Grieco (com conexão para a Super Via na Estação Méier);
6 - Engenho Novo (com conexão para a Linha 7 e para a Super Via na Estação Engenho Novo);
7 - 24 de Maio (esquina com rua Antunes Garcia);
8 -  Praça Barão de Drumon (com conexão para a Linha 7);
9 - Maxwell;
10 - Carvalho Alvin;
11 - Uruguai (com conexão para a Linha 1);

O que achou?! Impossível? Nunca! Basta vontade política.


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sábado, 21 de julho de 2012

A noite já passou (2)


Minha avó  fez parte da minha vida por 37 anos. Ela fez parte da vida de meus primos por muitos mais anos! Por isso, ela passou essa sensação de que era eterna, de que sempre estaria aqui por perto, ao nosso lado, brindando-nos com seu amor e sua sabedoria. Mas seus quase 101 anos pesaram sobre ela por conta de um infortúnio e por isso ela partiu. Mestra até o fim, não perdeu a oportunidade de, no auto de sua sabedoria e cultura geral, sem falar na paixão pela história francesa, nos dar uma última aula: o dia em que se foi, 14 de julho, se comemora a queda da Bastilha.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Não tão espetacular assim


Há exatos 10 anos e dois meses estreava nas telas do Brasil (e também mundo afora) o filme que mudaria para sempre a forma de se contar uma história em quadrinhos de um super-herói nos cinemas: “Homem-Aranha”, dirigido por Sam Raimi e escrito por David Koepp (baseado no personagem criado pelo lendário Stan Lee, em parceria com Steve Ditko) trazia Tobey Maguire no papel do adolescente novaiorquinho, tímido, inteligente, fã de fotografia, criado pelos tios idosos e apaixonado pela vizinha Mary-Jane (Kirsten Dunst), que viria a ser picado por uma aranha geneticamente alterada (nos gibis a aranha era radioativa, numa sincronia com seu tempo, a década de 1960) e se transformaria no “amigão da cidade”, defensor mascarado de Nova York e perseguido pela polícia e pelo editor do Clarin Diário, J. Jonah Jameson (J.K. Simmons, em inspirada interpretação), aliás, seu chefe no jornal para o qual ele vende fotos.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Belezinhas via Amazon: ALL ABOUT EVE (bd-book)

Enviado dia 19 de abril, prometido para 25 de maio, chegou dia 06 de julho. Obrigado Operação Maré Vermelha! Pelo menos chegou! Filmaço em linda apresentação, e com áudio e legendas no nosso idioma!




Gostou? Está aí o link amazônico!





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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Senhora Princesinha


Hoje o bairro mais famoso do mundo - ouso dizer - completa 120 anos! Antes da abertura do túnel velho, em 1892, Copacabana era um areal encravado entre a enseada e as montanhas e seu acesso era muito difícil, mais ou menos como hoje é a praia do Abricó, na zona oeste do Rio de Janeiro. Aliás, a história se repete agora para a região de Guaratiba, que acaba de receber o ponta-pé inicial para início de sua urbanização ferrenha com a abertura do túnel da Grota Funda.

Voltando a Princesinha do Mar, eterninazada na música do saudoso maestro Tom Jobin (e em versos de tantos outros), fica aqui a reflexão de como os anos não lhe fizeram bem. Outrora refúgio do "caos urbano" que era o centro do Rio de Janeiro do final do século XIX e início do XX, hoje ela representa, na minha humilde opinião, tudo de ruim que o crescimento desenfreado e desorganizado de uma cidade pode ter: ocupação desordenada, favelização, prédios e mais prédios (a maioria, perdoem-me seus habitantes, horrorosos e clássicos exemplos da terrível arquitetura dos anos 1950), trânsito caótico, prostituição e delinquência. Há, claro, ainda algumas ilhas de tranquilidade em meio a esse caos, como o Bairro Peixoto, encravado no coração de Copacabana, que me é muito especial. Mas no geral, Copacabana é a síntese da música "Rio 40 graus", de Fernanda Abreu: "purgatório da beleza e do caos".

Um paraíso ainda em expansão.

Claro, não posso ficar apenas exaltando tudo de ruim que Copacabana tem. Seria de muito mal gosto. De bom, posso apontar a lindíssima orla, com seu calçadão tombado, os fortes do Leme e de Copacabana, o mundialmente famoso hotel Copacabana Palace, o já citado Bairro Peixoto, o cinema Roxy (que mesmo dividido em 3 continua com seu charme), e... e só. Infelizmente. A impressão que dá, pelo menos para mim, é que se uma vez o bairro foi a menina dos olhos do Rio, hoje esses olhos estão sofrendo com uma catarata difícil de ser curada. Ok, a analogia pode ter sido péssima e talvez desnecessária, mas seria muito bom que o caos da Copacabana do início do século XXI desse lugar a tranquilidade de 100 anos atrás, com seus casarões e sobrados e tendo apenas  imponente e majestoso Copa (o hotel) destacando-se na paisagem. 

O Copa. Sem mais...


Como isso é impossível, que pelo menos nos próximos 120 anos a Princesinha tenha tratamento Rainha e receba um banho de loja, com pelo menos mais uma linha de metrô (a larga avenida Nossa Senhora de Copacabana está ai para ceder seu leito), indo até o Leme, a Urca e seguindo para o Centro, de modo a desafogar o trânsito nas ruas e o caos da Linha 1. Que as casas centenárias que sobraram não mofem e venham a cair, que sejam preservadas como peças de um museu a céu aberto. Que as favelas que enfeiam seus morros possam ser contidas ou mesmo - Deus seria louvado! - removidas, de modo que o verde voltasse a predominar suas encostas. E por ai vai...

De qualquer modo, meus parabéns ao bairro e seus ilustres e orgulhosos (ou não) moradores. Que venham mais 120 anos!

E te cuida Guaratiba (e Pedra e Barra...). Seu futuro pode ser tão tenebroso quanto é o de Copa...



Um ótimo link sobre a história de Copacabana:
http://vanesalopez.wordpress.com/pesquisas/copacabana/

terça-feira, 3 de julho de 2012

Rio, patrimônio de quê?




Pois é, mais uma vez o Rio de Janeiro (e o Brasil, de lambuja) ganhou as manchetes do mundo com a escolha da cidade pela UNESCO como patrimônio da humanidade. Que bom, que maravilha, mas... o que isso significa? Que de uma hora para outra o povo e seus governantes ficarão mais sérios, educados, conscientes de sua posição no panteão histórico e a cidade vai voltar a ser realmente a maravilha dos trópicos? Suas ruas ficarão limpas e sem trânsito? As praias serão todas despoluídas e a areia sem um pedacinho que seja de papel ou plástico? Nossos rios e lagoas e maravilhosa Baia de Guanabara serã despoluídos? Trens, barcas e metrô (não me atrevo a entrar na seara dos BRTs e ônibus) serão baratos, eficientes, chegarão a todos os pontos, desafogando o trânsito e contribuindo para amenizar a poluição? Os hotéis serão mais aconchegantes, menos caros? Aliás, haverá mais hotéis na cidade? Nossas ruas serão mais seguras, o crime organizado (ou não) vai mesmo deixar as pessoas de bem em paz? A policia vai ser eficiente, menos corrupta? Os políticos serão honestos? A educação pública municipal e estadual vão voltar a dar exemplos de qualidade? A especulação imobiliária vai ser freada e os preços dos imóveis vão voltar ao patamar aceitável? Aliás, a especulação vai ser freada e nossos imóveis históricos (sobrados e mansões centenárias) vão ser preservados? A cultura da cidade vai ser preservada?

Fica a dica para refletirmos sobre a real necessidade e merecimento até desse título em detrimento a outras cidades, algumas milenares e de suma importância cultural e histórica para toda a humanidade.